Vários estudos apontam que o uso da chupeta está associado a menor duração do aleitamento materno, fator decisivo para a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) não recomendarem o uso de bicos e chupetas. Está comprovado que o período de amamentação tem relação direta com a boa saúde do bebê e da mãe, logo, interromper esse processo seria prejudicial à saúde de ambos.
Além disso, estudos apontam ainda que o uso da chupeta está relacionado à deformação na arcada dentária, problemas na mastigação, atrasos na linguagem oral e problemas emocionais e na fala. Segundo as pesquisas, o risco de má oclusão dentária (fechamento da boca) em crianças que usam chupeta pode ser até duas vezes maior em relação àquelas que não usam.
Segundo a SBP, o uso da chupeta também pode ocasionar respiração mais frequente pela boca, hábito que pode ter várias consequências negativas, incluindo desvio do septo nasal, maior risco de cáries, maiores chances de irritações da orofaringe, laringe e pulmões, e até infecções de ouvido, rinites e amigdalites.
Como é extremamente difícil manter a chupeta adequadamente higienizada, seu uso também está associado a maior chance de candidíase oral e verminoses. p>
Apesar de alguns estudos indicarem uma relação entre o uso da chupeta e a proteção contra morte súbita, a SBP argumenta que os métodos usados nessas pesquisas são muito criticados, e por isso, não é possível confirmar que a chupeta realmente proteja o bebê. O Ministério da Saúde do Brasil, a OMS, o UNICEF e outros órgãos importantes também defendem que é necessário realizar mais estudos sobre o tema antes de fazer tal afirmação.
A recomendação final da Sociedade Brasileira de Pediatria é que os pais levem em consideração cada uma das consequências da utilização da chupeta pelos bebês e tomem a melhor decisão para seus filhos associados ao suporte e acompanhamento dos pediatras. Referência: Sociedade Brasileira de Pediatria